Dentre os 33 projetos sobre violência doméstica selecionados para financiamento pelo Fundo Fale Sem Medo, apoiado pelo Instituto Avon e Fundo Social Elas de Investimento Social para 2016, o projeto TODAS SÃO TODAS, do Grupo Inclusivass, foi o único a incluir as mulheres com deficiências.
Por isso, quando representantes de todos os projetos se reuniram no Rio de Janeiro, de 11 a 13 de abril de 2016, para o 2º Diálogo Nacional sobre Violência Doméstica com o objetivo de apresentarem suas propostas, o tema da deficiência ganhou uma dimensão ainda maior.
O desafio era transformar as demandas das mulheres com deficiência em um tema transversal em meio a tanta diversidade e riqueza de grupos tendo como intersecção a violência e o racismo,
Por isso, quando representantes de todos os projetos se reuniram no Rio de Janeiro, de 11 a 13 de abril de 2016, para o 2º Diálogo Nacional sobre Violência Doméstica com o objetivo de apresentarem suas propostas, o tema da deficiência ganhou uma dimensão ainda maior.
O desafio era transformar as demandas das mulheres com deficiência em um tema transversal em meio a tanta diversidade e riqueza de grupos tendo como intersecção a violência e o racismo,
Carolina Santos, coordenadora do Grupo Inclusivass e do projeto TODAS SÃO TODAS, era a única mulher com deficiência entre 66 mulheres de movimentos indígenas, mulheres negras, movimento trans, prostitutas e trabalhadoras da construção civil dos projetos selecionados.
Esse fato chamou atenção e ajudou a inserir a questão da invisibilidade das mulheres com deficiência na pauta de debates.
“O encontro propiciou diálogos e trocas de experiências”, observou Telia Negrão, coordenadora do Coletivo Feminino Plural, que participou do evento. Telia chamou a atenção para o fato de que a Lei Maria da Penha prevê uma punição maior ao agressor no caso de a mulher ter deficiência.
Esse fato chamou atenção e ajudou a inserir a questão da invisibilidade das mulheres com deficiência na pauta de debates.
“O encontro propiciou diálogos e trocas de experiências”, observou Telia Negrão, coordenadora do Coletivo Feminino Plural, que participou do evento. Telia chamou a atenção para o fato de que a Lei Maria da Penha prevê uma punição maior ao agressor no caso de a mulher ter deficiência.
Ao final do encontro, o Grupo Inclusivass firmou oito parcerias com entidades de todo o Brasil para repassar informações e ajudar a incorporar o tema da acessibilidade em seus projetos.
No Rio Grande do Sul, haverá um trabalho específico com três entidades: a Associação Cultural de Mulheres Negras (ACMUN), a organização Gênero, Mídia e Sexualidade (Gemis) e a ONG Cimento e Batom, que também foram selecionadas pelo Fundo.
O trabalho com ferramentas de inclusão em tecnologias foi uma deliberação geral da reunião. Nos próximos meses, o Inclusivass vai lançar um tutorial sobre o assunto no blog do TODAS SÃO TODAS.
No Rio Grande do Sul, haverá um trabalho específico com três entidades: a Associação Cultural de Mulheres Negras (ACMUN), a organização Gênero, Mídia e Sexualidade (Gemis) e a ONG Cimento e Batom, que também foram selecionadas pelo Fundo.
A jurista Silvia Pimentel (em pé) fala durante o evento. Em primeiro plano, em uma mesa redonda, aparecem Telia Negrão (à esquerda) e Carolina Santos (à direita, de costas) |
O trabalho com ferramentas de inclusão em tecnologias foi uma deliberação geral da reunião. Nos próximos meses, o Inclusivass vai lançar um tutorial sobre o assunto no blog do TODAS SÃO TODAS.
Carolina era também a única representante da AVON no local. Ela foi convidada a participar das reuniões motivacionais da empresa em São Paulo para sensibilizar outras mulheres sobre as demandas e necessidades das pessoas com deficiência.
Na foto, em primeiro plano, Carolina Santos. Ao fundo, mulheres sentadas trabalhando em grupos |
“Todas as mulheres sofrem violência, e não é fácil para nenhuma”, ressaltou Carol, que participou de uma dinâmica com o grupo de mulheres indígenas. “Quando essas mulheres fazem seus rituais, ficam nuas, com os corpos pintados. Muita gente vai, assiste, tira fotos. E algumas fotos têm sido publicadas em sites pornôs. Então, elas estão fazendo um projeto para preservar a imagem das mulheres indígenas”, contou.
Os 33 projetos se comprometeram a realizar juntos duas atividades durante o ano de 2016. No dia 7 de agosto, quando se completam 10 anos da Lei Maria da Penha, vão fazer uma campanha conjunta de conscientização sobre violência contra mulheres.
E no dia 25 de novembro, quando iniciam os 16 dias de ativismo, a cada dia três entidades terão seus trabalhos divulgados. “Vamos construir um calendário conjunto”, informou Carolina.
E no dia 25 de novembro, quando iniciam os 16 dias de ativismo, a cada dia três entidades terão seus trabalhos divulgados. “Vamos construir um calendário conjunto”, informou Carolina.
Carolina Santos (à esquerda na foto) conversa com Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres no Brasil (à direita) |