OBJETIVOS


"É assim que andamos, para sair de casa: com os carros em cima da gente e desviando deles. Tudo porque não temos acessibilidade na rua" (Carolina Santos)
Descrição da foto: Carolina transita na contramão em sua cadeira de rodas, com o filho no colo, pela Estrada Chapéu do Sol, no bairro Belém Novo, em Porto Alegre (RS). Passa ao seu lado um carro preto e, no outro lado da via, em sentido contrário, um carro branco. Ao fundo vemos muitas árvores.  A foto foi postada na página de Carol no Facebook em 4 de julho de 2016



As conquistas de garantias de direitos e de políticas de acesso à cidadania para as mulheres têm, com frequência, falhado em incluir um grupo que, por sua extrema vulnerabilidade e dificuldade de trânsito na sociedade, tende a tornar-se invisível aos olhos de legisladores/as, formuladores/as de políticas e, mesmo, dos movimentos sociais. Esse grupo é o das mulheres com deficiências, que enfrentam imensas barreiras para terem acesso desde à mobilidade urbana até a uma atenção adequada à saúde, passando por educação, segurança, emprego e renda, e lazer, entre tantas outras experiências de cidadania que lhes são negadas.

O projeto TODAS SÃO TODAS tem como objetivo promover a incorporação da perspectiva e das necessidades específicas das mulheres com deficiência às políticas existentes de enfrentamento à violência doméstica e às demais políticas públicas para as mulheres.

Pretende fomentar a formulação de políticas públicas específicas para o acesso dessas mulheres à cidadania plena, através da mobilização de grupos organizados de mulheres com deficiência e da sensibilização da sociedade para as vulnerabilidades e necessidades específicas das mesmas.

Só a acessibilidade universal assegura a efetiva inclusão das mulheres com deficiência em condições de igualdade no mundo dos direitos.

O projeto vai dialogar com os diversos segmentos de mulheres, de forma a construir alianças horizontais, buscando incorporar demandas de setores historicamente excluídos, como mulheres negras e trabalhadoras sexuais.

Afinal, quando se diz que nenhuma mulher deve viver em situação de violência e que todas as mulheres têm direito a uma vida sem violência, deve ser entendido que TODAS SÃO TODAS, sem exclusão.







No dia 25 de maio de 2016, Fernanda Vicari postou este vídeo em sua página no Facebook. Ela não conseguiu embarcar no ônibus da SOGAL, de Canoas (cidade da região metropolitana de Porto Alegre/RS), porque motorista e cobrador não tinham a chave para liberar o elevador para cadeirantes. Após a publicação do vídeo, a empresa entrou em contato com Fernanda e prometeu resolver o problema. Acesso ao transporte é um direito de todas e todos!

Descrição do vídeo: o cobrador está junto ao elevador do ônibus e explica para Fernanda (que faz perguntas, em off, sem aparecer), que ela não poderá embarcar porque ele não tem a chave que aciona o equipamento